16/10/2009

"Deixa que eu torne a minha vida simples e reta como uma flauta silvestre para que a enchas de música."

Rabindranath Tagore (Índia, 1861-1941).

Imagem
: David Carradine (EUA, 1936-2009) em "Kung Fu" .

20/09/2009


"Seus dois olhos físicos o enganam, fazendo pensar que este mundo de dualidade é real. Abra o olho espiritual e contemple sua forma invisível."

Paramahansa Yogananda (Índia, 1893- EUA 1952)

imagem: Caminho de girassóis. Crédito em construção.

27/07/2009

"O que lembro, tenho"



Na Hiroshima devastada pela bomba atômica (1945), as árvores Ichiyô (ch. Ginkgo Biloba) foram as únicas espécies sobreviventes da flora local. De quase comprovada origem chinesa, teriam chegado ao Japão com o Zen budismo, a partir do século XII. Suas folhas lembram pequenos leques. Na medicina fitoterápica do mundo todo sua utilização tem indicação para estímulo da memória.

"Ginkgo Biloba in Fall", Cor Kwant, Youtube.

26/07/2009

O Olho da Compaixão (The Compassionate Eye).


Tributo de Paz a Hiroshima e Nagasaki e a todos os lugares devastados pela loucura da guerra, em todos os tempos.

Rapsódia de Agosto. Rhapsody in August. Hachigatsu-no Kyôshikyoku. Akira Kurosawa. Japão, 1991.

25/07/2009

"A lâmpada do corpo é olho. (The Eye is the lamp of the body)


Se o teu olho estiver são, todo o teu corpo ficará iluminado. Mas se o teu olho estiver doente, todo o teu corpo ficará escuro. Pois se a luz que há em ti são trevas, quão grandes serão as tuas trevas"!

(If the eye is good, the whole body will be full of light. But if the eye is bad the body will be full of darkness"
.
Jesus, Mt 6:22-23; Lc 11:33-36.

imagem: Diwali, festival hindu das luzes (Diwali, hindu festival of ligths). Pawan Kumar,Reuters.

Diwali, ou "Linha de Luzes", celebra, na India e em vários países do mundo, a vitória da Luz sobre as trevas, recordando a vitória dos Senhores Krsna e Rama sobre demônios, após difíceis batalhas; também a iluminação do Senhor Mahavira e a fusão amorosa da deusa Lakshmi com Senhor Siva, após um ritual de recolhimento, tornando-se ambos um só corpo.

(Diwali, or "Line of Lights", celebrates, in India and many parts of the world, the victory of Light over the darkness, remembering the supremacy of Lords Krsna and Rama over devils, after hard battles; also the awareness of Lord Mahavira and the amorous fusion between Goddess Lakshmi with Lord Siva, like an unique body, after a period of retirement).

14/06/2009

A Canção de Nossa Identidade.


Tolba Phanem. Poeta africana.

"Quando uma mulher, de certa tribo da África, sabe que está grávida, segue para a selva com outras mulheres e juntas rezam e meditam até que aparece a 'Canção da Criança'.
Quando nasce a criança, a comunidade se junta e lhe cantam a sua canção.
Logo, quando a criança começa sua educação, o povo se junta e lhe cantam a sua canção. Quando se torna adulta, a gente se junta novamente e canta.
Quando chega o momento do seu casamento, a pessoa escuta a sua canção.
Finalmente, quando sua alma está para ir-se deste mundo, a família e amigos aproximam-se e, igual como em seu nascimento, cantam a sua canção para acompanhá-lo na 'viagem'.
Nesta tribo da África há outra ocasião na qual os homens cantam a canção.
Se em algum momento da vida a pessoa comete um crime ou um ato social aberrante, levam-na até o centro do povoado e a gente da comunidade forma um círculo ao seu redor. Então lhe cantam a sua canção.
A tribo reconhece que a correção para as condutas anti-sociais não é o castigo; é o amor e a lembrança de sua verdadeira identidade.
Quando reconhecemos nossa própria canção já não temos desejos nem necessidade de prejudicar ninguém.
Teus amigos conhecem a 'tua canção' e a cantam quando a esqueces. Aqueles que te amam não podem ser enganados pelos erros que cometes ou as escuras imagens que mostras aos demais. Eles recordam tua beleza quando te sentes feio; tua totalidade quando estás quebrado; tua inocência quando te sentes culpado e teu propósito quando estás confuso."

"A Canção das Crianças e dos Homens"

Trazida por Estrela Que Canta.

imagem: Ciranda de Lia de Itamaracá. Disponível em http://www.asspaulo.8m.com/lia.html

27/11/2008

O Amor, de Maiacovski.

"Um dia, quem sabe,
ela, que também gostava de bichos,
apareça
numa alameda do zoo,
sorridente,
tal como agora está
no retrato sobre a mesa.
Ela é tão bela,
que, por certo, há de ressuscitá-la.
Vosso Trigésimo Século
ultrapassará o enxame
de mil nadas,
que dilaceravam o coração.
Então,
de todo amor não terminado
seremos pagos
em inumeráveis noites de estrelas.
Ressuscita-me,
nem que seja só porque te esperava
como um poeta,
repelindo o absurdo cotidiano!
Ressuscita-me,
nem que seja só por isso!
Ressuscita-me!
Quero viver até o fim o que me cabe!
Para que o amor não seja mais escravo
de casamentos,
concupiscência,
salários.
Pra que, maldizendo os leitos,
saltando dos coxins,
o amor se vá pelo universo inteiro.
Para que o dia,
que o sofrimento degrada,
não vos seja chorado, mendigado.
E que ao primeiro apelo: _Camaradas!
atenta se volte a Terra inteira.
Para viver
livre dos nichos das casas.
Para que
Doravante
a família
seja
o pai,
pelo menos o Universo;
a mãe,
pelo menos a Terra."
.
Maiacovski, Rússia, 1923.
(Antologia Poética. Trad. E. Carrera Guerra. São Paulo, Max Limonad, 1983)